Celebro este dia de setembro, que na minha cidade está cinzento, de forma tranquila, a ler quem gosto
Não é em setembro que se inicia o ano, mas é um mês de início, de transição, de algo que acaba e outro algo começa.
Não tenho redes sociais e, habitualmente, é ao domingo que me perco pelo mundo da blogosfera e, gosto. Aprendo, ouço opiniões diferentes das minhas, comentários que eu própria faria a diversos temas e dá-me assim uma espécie de pertencer a uma tribo de pessoas, umas mais terrestres que outras, mas que me dá uma certa sensação de irmandade. Não sei bem se é este o termo!
Passei na Maribel Maia e os seus posts pedagógicos e autênticas lições e mais uma vez o setembro a rondar o início do ano letivo.
Passo no Merlo e que fala na tristeza das nuvens cinzentas e deste mês em que o sol vai rareando. Já a Isabel Silva a mostrar fotos de vários céus, mesmo os cinzentos com as nuvens fofas deste mês.
Passo no masparaqueraioqueroeuumblog e percebo que o desfazer as malas é muito mais do que tirar a roupa de uma mala. E espero que o cruzeiro da greeneyes seja extraordinário, neste setembro que, para alguns, ainda sabe a férias.
Na escritaesquisita, o elogio e o protesto, na alien, o rapto dos bloggers…as férias a passarem e as pessoas a não voltarem…a Di fala do afeto do coração (os laços não são só os de sangue) e digo eu, também podem ser laços com pessoas que não conheço mas que leio…
Nos lados AB, a chuva e a sua necessidade para a agricultura…e na cor azul dos miosótis, o poema sombrio, como são estes dias sombrios de chuva de setembro.
Ri-me muito com a gata christie e as suas limpezas de casa e de vida e de passado, como o setembro se impôs numa casa, verdadeiramente, que deixa a infância um pouco mais para trás…porque o tempo corre mesmo e quase nem damos por isso. E os parabéns na cor da escrita, por mais um aniversário do seu filhote.
A greenideas mostrou-me a cara com que vou ficar amanhã, uma segunda de setembro!
No cúmplice do tempo, os seus poemas e que são experiências de palavras para ler e para ouvir.
E, finalmente, nas comezinhas, com o seu tom acutilante para os outros e com o mesmo tom de gozo próprio por uma licença de casamento, que passou ao lado.
Setembro é, para mim, sinónimo de um novo recomeço, o início do ano letivo, o entusiasmo e dos olhos remelosos, o princípio da queda das folhas que se vão matizar nas próximas semanas, trazendo-me a minha época do ano favorita, o outono. É um adeus a algo quente e bom para um olá a outras rotinas, a horários mais rígidos e a mais solicitações. Mas com a queda das folhas vem também a esperança do futuro, a acontecer… Daqui a nada é Natal e com um pouco de esforço avizinha-se um novo ano gregoriano. Tudo passa tão rápido. Tudo. As férias, a idade dos filhos, a sua infância e a vida. Aproveitemo-la no presente. Porque mesmo que uns dias sejam cinzentos, outros virão, mesmo no outono ou no inverno em que veremos um sol esplenderoso!
E celebro este dia de setembro, que na minha cidade está cinzento, de forma tranquila, a ler quem gosto.